sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Sonho de liberdade

Muitas vezes eu sonho com um lugar, sem barreiras e sem fronteiras,
sem gaiolas, bares ou cadeias.

Um lugar onde nenhuma tradição vigora, e a vida que você vive é sua,
apenas você tem o poder de transformá-la.

Sem âncora no passado,
onde cada hora, cada dia não são iguais aos outros.

Um lugar onde, o futuro, o desejo e a cobiça são desconhecidos.

Sim, nesse sonho, o que prevalece é um lugar onde somos amados,
sem condições e sem possuir.

Onde não somos escravizados pelas leis, pelos rituais impostos pela sociedade, por ídolos, ou mitos.

Sim, muitas vezes um mundo de sonhos onde os seres humanos são livres:

Livre para estar sozinho, ou no meio da multidão,
para viver no deserto,
em uma colina ou montanha,
sem pedir permissão ou graça.

Nem prestar contas a ninguém,
livre para criar empatia com cada sofrimento, ou ainda, aperto no peito por tudo.

Livre para voar com a mente, sem obstáculos de qualquer espécie, em concreto e em “abstrato”.

Na terra, no céu ou ainda, no eterno Infinito.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Tempo e Vida

O dia está pesado, o céu está pesado. 

Sinto-me como se estivesse em uma estufa: a via aérea obstruída por um sopro de ar ofegante. 

Eu estava andando sozinha, ao longo do estreito caminho que me leva onde eu não queria chegar. Apesar de prosseguiu quase até o fim, eu resolvi voltar no tempo. 

Ao longe, o som triste de um acordeão: notas longas e melancólicas penetraram em mim e me trouxeram de volta, mas, com um humor escuro, negro. Tudo levou a isso. 

Minha mente deu à luz a ruminações negativas, passivas perante a vida, relutantes para a vida cotidiana, tudo visando o retorno à monotonia, que eu conhecia bem. 

Não fui eu, ou talvez sim. Sim sou eu! 

Eu continuei na estrada com a música martelando meu cérebro, para agitar os pensamentos que me assaltaram. De repente, no caminho, irrompeu em um rugido o som dos sinos, alto, batendo, como se quisessem me acordar! Eu tinha explodido, a minha mente retomou ao meu controle, de modo que, recuperei a lucidez que tinha perdido. 

Continuei a andar por esse caminho que conhecia. 

Passei a andar longe daqueles que jogam as notas, que evocam pensamentos, para não ficar criando uma atmosfera surreal, que distorce os contornos das coisas. 

Agora estou aqui, com a caneta na mão, para contar a minha experiência. 

Com um lembrete de que os sinos como um grito desesperado queria esclarecer minha mente, a minha história, mas a angústia do tempo continuou a me assombrar. 

O tempo não existe, ele me destrói. 

Eu penso demais e não o suficiente para viver. 

Sou jovem, eu sei. 

Vivo com amor e paixão pela vida. 

Agora é assim, e não concordo com a condição da minha vida, eu não sei onde vou parar. 

O futuro não é conhecido. 

Eu só sei que eu estou aqui, no presente, com a caneta nas mãos. 

Sem essa história no papel.


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Amizade

Ah! Os amigos....
Isso mesmo... vou falar da amizade, logo, dos amigos!!!
Isso mesmo, amigos: Aqueles seres extraordinários que aparecem em nossas vidas e ali permanecem por um longo tempo, se tornando cúmplices, testemunhas e companheiros de nossas experiências vividas. 
Alguns são como irmãos, apesar de não ter o parentesco consanguíneo. Para outros, os amigos são as pessoas que entram em nossas vidas para nos ensinar coisas que talvez nunca tivéssemos nos permitido viver.
Quando penso nos amigos do passado, aqueles amigos de infância que estudaram na mesma escola que a minha, logo me lembro dos que ainda fazem parte da minha história, e quando encontramos, voltamos aos velhos tempos, tempos vividos na meninice. Também, recordo-me dos amigos da juventude, cúmplices de aventuras adolescentes rebeldes, companheiros no momento mais conturbado da vida, o estágio crítico de transição da infância para a vida adulta, chegando ao amadurecimento.
E enfim, os amigos da universidade, do trabalho.... amizades já maduras pela idade, pelo tempo.
Amigos... cúmplices, testemunhas, confidentes,  companheiros, irmãos. 
Como os amigos chegam a nossas vidas? Por coincidências, destinos da vida, ou porque temos interesses e afinidades semelhantes que nos permitem compartilhar o mesmo espaço social? 
Amigos são essenciais, às vezes, por razões inexplicáveis, encontramos pessoas que trazem consigo um diferencial, essas pessoas nos proporcionam vivenciar a dádiva mais preciosa que existe: A Amizade.
A amizade, com todas as suas nuances, é capaz de sozinha, nutrir e preencher espaços outrora vazios, simplesmente pelo fato de existir.
 Embora, muitas às vezes, falta-me tempo para estar com os meus amigos, sei que eles existem, e que estamos sempre juntos, onde quer que estejamos. Com eles aprendi o significado de lealdade, cumplicidade, cordialidade, sinceridade, generosidade, hombridade, dignidade, amizade e tantas outras qualidades que me permitem crescer e prosseguir nesta bela experiência que chamamos de vida. 
Muito obrigada aos meus amigos, do Passado.... do Presente... e antecipo o agradecimento aos amigos do Futuro.

"A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro." Platão 

"A amizade é um amor que nunca morre". Mario Quintana

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Talvez

Muitas vezes, quando começo uma frase com "talvez", estou totalmente convencida do que eu digo. 

Talvez eu não tenha total controle de minhas faculdades mentais, mais dificilmente outros terão o poder de invadir essa faculdade, com imposições e concepções. 

Eu tenho o poder de ser a única autocrata da minha mente, e a Senhora de tudo o que nela contém, detenho o poder de comandar minhas criações. 

Se alguém tenta inserir ideias na minha mente, essas não têm o direito legítimo de existir, pois depende de mim, apenas se eu admiti-las, se forem aceitas por mim que poderão permanecer e prosperar. 

Se minha mente, iludida por conselhos enganosos, de emoções malignas, tolerar o crescimento de ideias e pensamentos ruins em meu ser, eles poderão tornar-se poderosos o suficiente para destronar-me. 

Talvez, jamais permitiria uma coisa dessas em minha breve existência terrestre.