segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A liberdade de escolher

Hoje eu quero falar sobre um assunto que está dentro do meu coração, A VIDA.
Eu não estou interessada em questões legais. Nem em falsos valores.

E por falar em vida, afirmo que, na vida não há nada mais importante do que liberdade, que para mim é essencialmente pessoal, não-econômica: somos mestres de nossas vidas e nossa dignidade, até que cheguemos a restringir a liberdade, a vida e a dignidade dos outros.

Pessoalmente, eu me esforço para me colocar em situações de pessoas em fase terminal ou vegetativo. Eu não sei o que eu escolheria, com certeza faria de tudo para impedir que os meus entes queridos tenham que tomar essa grande decisão, por mim. É absolutamente inaceitável, no entanto, que outros impõem uma decisão particular em nome da sacralidade absoluta da vida natural.

Mas, eu me pergunto, o que é natural? Permanecer vivo apenas por causa da alimentação artificial? O que é sagrado na prevenção de atentar contra a dignidade do homem de escolher como viver e como morrer?

Na minha opinião, nada. Eu não entendo o atraso da Igreja Católica, sua recusa a entender que não há nada mais sagrado que a dignidade da vida humana.

É a liberdade que faz de cada um de nós, seres únicos. A liberdade de dizer se queremos viver os últimos anos de nossa vida como um vegetal, ligado a uma máquina, ou se queremos morrer. A liberdade de viver, ou se livrar de milhares de sofrimentos. A liberdade garantida e protegida por uma vontade maior. Não é eutanásia, é a liberdade de escolher se, depois de um trágico evento, “nós queremos” estar vivos ligado a uma máquina ou “deixar morrer”.

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