quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ninguém tem Fome



Abra a boca ao mastigar a fome
Estampada na bandeira brasileira

Comece comendo o cruzeiro do sul
Porque existe uma infinidade de estrelas
Que só podem ser conhecidas pelo paladar.

Ajude a dar vazão a revolta e a gula
Não sinta medo

Abra a boca para cantar a fome que está visível
Em todo país

Todo mundo come neste absurdo país
E ninguém tem fome

Já estamos até começando a comer barbantes

Todo mundo come no embrulho do preço
Tabelado ao embalo de um suco máximo em calorias
e tudo o que era líquido deixou de ser brindado.

Todo mundo tem uma aposta oportuna na cara e uma rápida mão no bolso assaltado.

Todo mundo deixou de fazer (fortuna) da farinha com o farelo alheio e nada restou do pão que o diabo amassou, que se amarga em depósitos menos racionais por pura tradição.

Um comentário: