Hoje um homem vem a público, na praça, dizer que não há corrupção no governo.
Hoje este mesmo homem afirma que o governo está sempre certo, independente do que pensa o povo.
Hoje estão dizendo que o governo está aberto às críticas e que os que mais atrapalham são as críticas irresponsáveis da imprensa.
Algumas vezes isso pode ser verdade, mas sabemos que nem sempre verdade e governo andam juntos.
Hoje o último dos homens lúcidos deste país reclama novamente de um governo omisso e de interesses obscuros.
Haverá a qualquer momento, em cadeia nacional, uma declaração oficial oferecendo a nação algumas considerações. A despeito de se publicar falsas declarações sem base nenhuma.
O povo já está cansado e na fila, desfila numa fatia de pão desempregado de manteiga, recebendo a esmola do subsídio acintoso: um seguro que não segura e causa insegurança.
Uma afirmação falsamente firme na posição (que não segura ninguém), qualquer posição horizontal estimula o homem a dormir e não morrer.
Uma injustiça, justifica o justiceiro, e os homens, os mesmos que sobrevivem, podem contar quantos palitos existem em suas mãos.
O sonho atravessa rente o pesadelo. E qual será seu peso?
A encomenda pode se transformar em um país, mais cedo do que se imagina.
Seja como for, esta lei favorecerá a quem?
Tateia-se hoje um escuro esbarrando em substâncias decompostas.
E apenas um homem fala por parábolas na praça.
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