segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Reflexões em voz baixa

Este momento é um pouco "estranho" na minha vida. 

Eu sinto o desejo de um espaço para o meu refúgio, onde não tenha intromissão de ninguém. 

Eu sinto um estranho desejo por liberdade, para fazer o que quero e que preciso para uma vida plena, sem ter de prestar contas a ninguém. Não estar sempre olhando ao redor para constatar quem está observando minha vida, isso me irrita! 

Pode até ser que eu tenho apenas problemas que eu crio sozinha, por causa da minha natureza reservada, a minha falta de habilidade de controlar meu temperamento. 

Mas como explicar todos esses desejos de liberdade e privacidade tão pouco praticados pelo nosso povo? 

Não é de agora que escritores renomados tentam compreender o jeito do povo brasileiro, descrito por Sérgio Buarque de Holanda como “O Homem Cordial”. 

Às vezes eu sinto como se eu vivesse em dois planos paralelos que nunca se encontram. E como poderiam? 

Geometria nos ensina que as linhas paralelas permanecem à mesma distância para o infinito e isso é uma verdade indiscutível. 

Tenho certa resistência às interferências externas, basicamente isso me incomoda, popularmente falando, não me engranzo na vida de ninguém, cada um com seus problemas!! 

Eu não estou muito inclinada a dar uma segunda chance. Estou convencida de que quando alguém nos decepciona ou nos atropela, tirando proveito da nossa boa fé, ou dizendo coisas ruins por puro prazer, não merecem voltar a fazer parte de nossas vidas. 

Eu não posso fingir que nada aconteceu, na verdade fico pensando sobre o que aconteceu, e passo a olhar para a pessoa em questão com suspeita após o seu sorriso doce, pura ficção. E, inevitavelmente, mudo meu comportamento tornando-me fria e distante. Eu não posso e não quero acreditar que alguém, depois de cuspir veneno, espere você fique como se estivesse tudo bem, tudo era e está como antes. 

Certamente, alguém pode argumentar: "Se você cometer um erro, você não quer que seja dada uma outra chance?". 

Perdoe a minha falta de modéstia ou presunção, chame como quiser, mas eu não costumo ferir as pessoas pelo simples prazer, não tenho necessidade de lesar ninguém nessa vida. Em geral, para mim isso é respeito pelos outros e, se eu quero realmente o bem de uma pessoa, eu não tenho nenhuma razão para machucá-la. 

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